O Defensor da Paz (1324) deve ser o único clássico da política que ainda não li. Deveria ter feito isso na pós, mas preferi ler o Polycraticus. Por isso, mandei vir o ensaio clássico, publicado em 1920, do professor de História Eclesiástica de Harvard, o venerável Ephraim Emerton, para preencher parcialmente a lacuna.
The Defensor Pacis of Marsiglio of Padua. A Critical Study traz tudo que é importante saber sobre a bio e a obra do grande médico/jurista, companheiro de confusões de Guilherme de Ockham e Luís da Baviera. É, ao mesmo tempo, uma denúncia do abuso do poder do Papa e uma boa exposição da teoria do Imperador como representante do Povo. Uma ideia poderosa, como se pode deduzir com facilidade. A descrição da disfuncionalidade do Poder Espiritual é particularmente pungente: vou ter de comprar e ler o tratado de Marsílio (1275-1342).