terça-feira, 15 de novembro de 2016

Dynamics

Comprei antes de ler a resenha ambígua do Lubos e, de fato, examinando bem, não há muita coisa nova no livro. Alguns detalhes técnicos do Almagesto eu já não me recordava, como o equante, e é evidente que a visão de um universo onde a Terra está no centro de tudo não fazia muito sentido desde a época de sua publicação. As consequências desse fato é que, curiosamente, não mereciam maior estudo. Aprendi duas coisas. A primeira é a real relevância da obra de Kepler, que vai muito além da descoberta das leis empíricas do movimento dos planetas. Já está ali uma intuição da natureza da gravitação e também do Cálculo. A segunda é que, ao contrário de Newton, Descartes e Huygens viram bem claramente que todo movimento é relativo. Viram, mas não escreveram com a ênfase devida por razões bem conhecidas. A relatividade de Galileu fica muito bem nessa foto.

"However, the main conclusion to be drawn from the two and half millenia that this volume has covered can already be stated: the dynamical frame of reference, and not the ground under our feet or a sphere of fixed stars in the heavens, is the true backbone of the world."

 Julian Barbour, The Discovery of Dynamics, CUP, 2001.





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