segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Cada vez mais rápido

Li às pressas para terminar o livro sobre redes sociais, mas Digital Politics in Western Democracies: A Comparative Study (2013), do Cristian Vaccari, é uma coleção de informações útil e relevante. De forma geral, a digitalização da política caminha na mesma trilha das mídias tradicionais: é mais intensa onde a cultura escrita é mais desenvolvida e onde o sistema político é mais deferente aos humores do cidadão. Ou seja, começa e avança mais rapidamente na Escandinávia e mais lentamente na Europa latina. O mundo anglo-saxão fica a meio caminho, com a exceção norte-americana em alguns indicadores.

A comparação com o Brasil, contudo, é instigante. A Suécia levou mais de dois anos (no final dos anos 1990) para conseguir um nível de digitalização do eleitor que o Brasil conseguirá em um (em meados da década de 2010). O país também ultrapassou indicadores da Europa latina com quem partilha problemas seculares, como o baixo nível relativo dos hábitos de leitura, como é o caso de Portugal ou Espanha. Definitivamente, algo está acontecendo no Brasil, certamente induzido pela televisão, pelos modismos e pela adaptação do país à tecnologia. Duvido, contudo, que evoluamos para um padrão sueco de relação entre política e redes sociais.




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