segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Controle

O trabalho da professora Stromer-Galley é recentíssimo, publicado no ano passado. (Presidential Campaigning in the Internet Age, OUP, 2013). Resume corretamente o impacto da internet sobre a dinâmica do noticiário político e o efeito das redes sociais sobre a polarização do eleitorado. De longe, contudo, o aspecto mais interessante é a contradição documentada entre o efeito político da internet (ampliar a participação do cidadão) e o esforço das campanhas (controlar a mensagem). De um lado, está o pote de ouro das campanhas, o envolvimento espontâneo do eleitor; de outro, o risco mais elevado: a viralização da campanha negativa. Ser atingido pelo imprevisto e pelo incontrolável. É evidente que, estendendo as retas em direção ao futuro, não possibilidade de controle efetivo pelas campanhas. Elas serão dominadas pela internet, antes e depois das eleições.




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